Obama recusa-se a tomar posse.
Com certeza que já é do conhecimento de todos a notícia avançada ontem já noite, 17 de Janeiro de 2009, de que B. Obama acabou de se recusar a tomar posse como Presidente dos EUA, a apenas três dias da data prevista para depois de amanhã, no seguimento do aviso que tinha feito há uma semana atrás, como manifestação de repúdio pela actuação do ainda Presidente G. Bush e dos mais altos dignitários militares norte americanos no conflito do no Médio Oriente e Europa, o qual está a assumir dimensões globais.
Tudo começou nos últimos dias de Dezembro passado com a invasão por terra das tropas Israelitas da Faixa de Gaza, o qual levou o Irão e de seguida a Síria a declararem guerra a Israel. O suporte Norte Americano, especialmente o de G. Bush, aos bombardeamentos de Teerão e Ancara pela aviação Israelita que destrui grande parte das infra-estruturas governamentais dos dois Estados, bem como a destruição das instalações nucleares Iranianas por Israel, provocou uma divisão na Europa e no resto do mundo que deu o que temos em mãos. Os Estados Islâmicos na sua quase maioria declararam guerra a Israel e aos seus aliados, neste caso os EUA. Até a Albânia, que quase não tem poder militar para garantir a sua própria segurança interna, se envolveu nessa declaração de guerra.
Temos o mundo Islâmico, salvo raras excepções como a Indonésia por temerem o poderio militar instalado no Pacífico e alguns países na faixa mediterrânica do Norte de África, a Líbia e Marrocos, por razões estratégicas que têm a ver com os acordos de não agressão com alguns países europeus, de um lado e Israel, os EUA, a Inglaterra, a Grécia (por causa da Turquia), a Austrália e a Índia, até ver, do outro lado. A pressão exercida pelos EUA sobre a França, Espanha, Alemanha e Itália tem sido enorme para que se juntem ao esforço militar, prevendo-se que quando um deles entrar no conflito os outros três e até mesmo países como Portugal, Polónia, Hungria, Roménia se vejam também na obrigação de participar nesta maldita guerra que cresce todos os dias.
B. Obama ameaçou que não assumiria a presidência de um país em guerra, especialmente provocada pela conduta do Presidente cessante, extremamente bélica e que defende os interesses dos militares e dos fabricantes de armamento e de outros produtos subsidiários à guerra, sem olhar aos interesses da população em geral, tanto dos EUA como do resto do mundo. A crise financeira e económica do ano passado deu em conflito, que se teme que ainda se generalize mais se a Rússia e a China entrarem no mesmo, sendo que parece que entraria um para cada lado da barricada.
Por outro lado, e contra o espírito de liberdade Norte Americano, G. Bush parece querer agarrar-se ao poder, agora que tem o suporte declarado de todas as hierarquias militares do país. As manifestações civis dos últimos dias a pedir o fim imediato do conflito, ou a saída dos EUA do mesmo de forma a que se apague a chama que mais o alimenta (o ódio dos países islâmicos aos EUA), bem como a saída de Bush da Casa Branca, foram fortemente reprimidas pelas forças policiais e militares, atingindo níveis de violência e de utilização de meios bélicos nunca vistos nos EUA.
Se Obama não assumir a presidência dia 20, facto inédito na história dos EUA, pode levar a uma crise política interna que põe em risco a própria democracia no país, e com repercussões nos sistemas políticos no resto do mundo, conforme opinião da maioria dos analistas políticos mundiais.
Desta forma, não é uma questão de guerra actual, é uma questão de que futuro pós-guerra nos espera em termos de regimes políticos dominantes. O totalitarismo parece estar a nascer em muitos países, e se tal vier a tomar forma, o mundo, como o conhecemos, irá desaparecer. O futuro nunca foi tão incerto como nos dias de hoje.
Nota: Este artigo é pura ficção hoje, 30 de Dezembro de 2008, mas poderá ser demasiado real nos próximos tempos. Esperemos que não.
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